Construção civil e mercado imobiliário recebem cada vez mais mulheres – que fazem bonito por onde passam
Que mais consegue aliar, ao mesmo tempo, ousadia e cuidado? Razão e emoção? Inteligência e sensibilidade? É claro que estamos falando das mulheres. Com todos estes predicados – e muitos outros – é inevitável que as mulheres ocupem cada vez mais seu espaço no mercado de trabalho. Em especial em áreas ainda vistas como “masculinas”.
Dados do Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), trazem que o número de mulheres atuando na construção civil cresceu, só em 2020, 5,5%. Os números informam que cerca de 215 mil mulheres atuam – com carteira assinada – no ramo da construção civil no Brasil.
E essa atuação ocorre nas mais diversas funções. “As mulheres dão um toque especial na construção civil e conquistam espaço em todas as áreas. Na D6, por exemplo, já tivemos uma mulher atuando como ceramista, fazendo com muito capricho a instalação de cerâmicas com um acabamento impecável. E também mantendo seu ambiente de trabalho sempre muito limpo e organizado” comenta Gisele Schenatto de Vargas, Gestora Administrativa da D6 Empreendimentos. Ela destaca ainda que no canteiro de obras é possível encontrar mulheres eletricistas, marceneiras, pintoras, almoxarifes e em inúmeras outras funções.
A participação feminina também merece destaque não apenas na execução das obras em si, mas também no processo de concepção, planejamento e acompanhamento. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Ministério da Educação (MEC) afirmam que em 2019, 37,3% dos concluintes dos cursos de engenharia, produção e construção no Brasil eram mulheres. Quando olhamos apenas para o curso de Engenharia Civil, temos mais de 100 mil mulheres matriculadas por todo o país.
Analú Leal Gonçalves, auxiliar de engenharia da D6 Empreendimentos, é uma destas mulheres com presença constante nas obras. “A mulher, em tudo que se compromete, entrega um trabalho bem feito, sem titubear, buscando a perfeição. Se entrega por completo. Acho que esse é o principal diferencial de uma mulher engenheira civil”, relata.
As mulheres já representam mais de 30% dos credenciados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci-SC). São mais de 7 mil mulheres por todo o estado atuando no setor, realidade que não difere da construção civil – até pela interligação natural das áreas.
“Vejo que a mulher está cada vez ganhando um espaço maior, tanto na construção civil quanto no mercado imobiliário. Hoje a gente vê muitas corretoras, muitas engenheiras e arquitetas. E a grande maioria das gerentes de relacionamento das construtoras são mulheres. Justamente por esse cuidado, esse carinho que a mulher tem, por ser mais atenciosa”, analisa Aline Cristina Dias da Costa, Gerente Comercial e de Relacionamento da D6 Empreendimentos.
A busca por igualdade e respeito ainda se mostra como um caminho árduo e uma luta que não pode parar. Não apenas na construção civil, mas na realidade das mulheres como um todo. “Um dos principais desafios é se estabelecer no mercado. Receber respeito e reconhecimento pela profissão atuada. Principalmente dentro de um canteiro de obras. É difícil ser respeitada, como engenheira e como mulher, mas quando você atinge um trabalho de excelência e as pessoas reconhecem, se torna mais gratificante.” avalia Analú.
A percepção da engenheira é compartilhada por Aline, que relata receber olhares curiosos ao chegar nas obras usando salto alto. “Ainda existem certos preconceitos, principalmente quando visitamos as obras. Existe esse pré-conceito de sempre falarem que a mulher é o sexo frágil. E não é, de jeito nenhum. A gente suporta muitas coisas. É mãe, mulher, dona de casa e trabalha”.
Quebrar falsas verdades, levantadas como bandeira durante anos não é tarefa fácil. Por isso, cada vez mais se faz necessário evidenciar o talento e as entregas das mulheres no setor. É justamente esse movimento que fará com que o preconceito siga diminuindo e que a alcunha de ‘sexo frágil’ seja eliminada de uma vez por todas dos vocabulários. “Acredito que para se quebrar os paradigmas, precisa acontecer uma mudança na mentalidade dos contratantes e divulgar mais o trabalho feminino no ramo da construção civil, criando um ambiente de trabalho com respeito e troca de ideias entre os times” defende Gisele. A gestora administrativa ainda alerta para a necessidade das mulheres estarem preparadas, buscando sempre qualificação.
Essa mudança de mentalidade pode ser percebida na prática dentro da própria D6 Empreendimentos. Hoje as mulheres representam 56% do quadro de funcionários da empresa. Boa parte delas atuam em cargos de gestão e sem setores como comercial, compras, financeiro, recepção e engenharia.
A você, mulher, que transforma todos os dias o mundo ao seu redor, o nosso muito obrigado e os parabéns de toda a equipe da D6 Empreendimentos!
8 de março – Dia Internacional da Mulher