Imagine um mundo no qual você não pudesse exercer a sua profissão pelo simples fato de ser mulher. Parece surreal, não é mesmo? Mas, acredite: essa era a realidade no Brasil até 1958 quando falamos do mercado imobiliário. Até então somente os homens podiam atuar como corretores de imóveis. De lá pra cá felizmente muita coisa mudou. O mercado imobiliário finalmente permitiu a entrada de mulheres e hoje o cenário já é muito diferente (não apenas em números, mas na qualidade dos serviços ofertados). E isso, claro, graças à presença das mulheres.

 

Segundo dados de 2020 do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci-SC) as mulheres já representavam na época 30% dos credenciados ativos em todo o estado (somando mais de sete mil mulheres corretoras). Obviamente o crescimento deve ser comemorado. A mulher tem talento de sobra, organização, cuidado e uma série de outros adjetivos que a qualificam para exercer a profissão com maestria. Porém, ainda há muito a conquistar. Muitas corretoras enfrentam diariamente o preconceito, o machismo e uma série de outras dificuldades.

Aline Cristina Dias da Costa, 33, nascida em Itajaí, Santa Catarina, atua como Gerente Comercial na D6 Empreendimentos. Ela relata que já sofreu na pele o que de pior o mercado pode oferece

r. “O mais desafiador é a questão do assédio que eu

e quase todas as colegas de profissão sofremos. Ele ocorre tanto de

outros colegas quanto de clientes. E também já sofri preconceito sim. Quando tenho que entrar em uma obra as pessoas ficam olhando. Eu tiro o salto, coloco um sapatão, entro, converso com todo mundo e explico para o cliente. Às vezes eles ficam olhando assim, como que pensando ‘será que ela vai dar conta mesmo, será que ela vai subir?’. Mas, eu meto a cara e faço”, comenta.

Na D6 Empreendimentos desde outubro de 2020, a gerente comercial vive os desafios de uma mulher divorciada e que também é mãe de um menino de oito anos. Ela explica que com a pandemia, os desafios ficaram ainda maiores. “Tenho o meu trabalho, o trabalho de casa, meu filho e preciso conciliar todas essas funções. Ainda mais durante a pandemia, sem escola. Mas a mulher sempre dá um jeito”. Em sua percepção, a mulher sempre foi forte, só não era reconhecida. “Hoje a mulher demonstra que é uma excelente profissional, tem mercado de trabalho, compete de igual pra igual com homens, são capacitadas e são mais doces. A cada dia mais a gente vê as mulheres se empoderando e mostrando: vim aqui pra fazer e vou fazer com excelência!”

 

 

Cuidado diferenciado e busca por igualdade

 

Ocupando um cargo de liderança em uma das principais construtoras da região, a itajaiense entende que isso se dá pelo olhar diferenciado que a mulher possui. “A mulher tem essa questão do cuidado, do zelo e conseguimos transparecer isso. Eu costumo dizer que eu estou vendendo como se estivesse comprando, com carinho, cuidado e pensando na família”. Ela ainda afirma que a maioria das construtoras têm optado por mulheres para ocuparem esse cargo de gerência. Aqui, questões como a empatia, atenção diferenciada e até mesmo a 2 vezes m

ais afloradas nas mulheres – certamente fazem toda a diferença. Porém, Aline alerta que o mesmo não acontece em outros segmentos. Com ampla experiência no mercado automotivo, Aline percebia um cenário bem diferente dentro de algumas concessionárias. “Lá a maioria era homem e havia bastante preconceito por essa ligação que se faz do homem com o carro. Apesar de termos excelentes profissionais mulheres, ainda existe bastante preconceito nesse segmento”.

 

Além do assédio e do preconceito, há de se observar também a questão da desigualdade salarial. Em pesquisa divulgada em março de 2020 o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), comparou os salários de homens e mulheres que ocupavam cargos iguais. O estudo demonstrou que as mulheres ganham, em média, 22% menos que os homens. Quando olhamos para a realidade de Santa Catarina a diferença é ainda maior (chegando na casa dos 26%).

 

Mas, para olharmos o copo meio cheio, há esperança de um futuro melhor. Aos poucos os velhos conceitos vão caindo e a sociedade vai mudando. Com isso, Aline entende que a mulher consegue ocupar o seu merecido espaço. “Eu não sei quem inventou essa questão do sexo frágil, porque tudo que a gente suporta, passa, todas as angústias… Ser mãe, ser mulher, não é nada fácil! Então não tem nada de sexo frágil. Nós somos capazes sim! A gente tem que ser cada vez mais empoderada. Acredito sim que a gente também precisa de muito carinho, muito cuidado, muito zelo, mas a gente não está aí pra brincar não. Nós sabemos onde é o nosso lugar e estamos chegando lá”, finaliza.

 

Compromisso com a sociedade

 

A D6 Empreendimentos aproveita para reforçar seu compromisso com o mercado imobiliário e especialmente com as mulheres que de alguma forma possuem relação com o mesmo. Temos em nossa política de qualidade o objetivo de promover “um ambiente de trabalho seguro, sustentável, harmonioso e com transparência”. E é isso que buscamos, não somente internamente, mas também no relacionamento com nossos públicos de maneira geral. Parabéns para você, mulher, que transforma o mercado imobiliário e também o mundo.

 

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